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A importância da pesquisa e análise de dados na tomada de decisões.

Um lago de dados é como um reservatório, primeiro você cria a estrutura (um cluster) e depois enche de água (dados). Quando o lago estiver cheio, você começa a usar a água (dados) para várias finalidades, como geração de energia, consumo e recreação (análises preditivas, aprendizado de máquina [ML], segurança cibernética, etc.). Isso é o mundo ideal, mas ainda há muitas empresas que não sabem explorar esse volume gigante de produção de informação na web que cresce de forma exponencial. E pode ser muito estratégico para as organizações.

Para se ter uma ideia, nós criamos online a cada 48 horas tantos conteúdos quantos foram criados desde o começo da humanidade até 2003, segundo Eric Schmidt, presidente e ex-chefe executivo da Alphabet Inc. – anteriormente denominada Google. O que isso quer dizer? Muitas coisas, mas sem dúvida, a atenção do internauta está cada vez mais fragmentada e segmentada. Com excesso de informação temos menos atenção e, consequentemente, é mais difícil engajar o público. E como é que tiramos proveito disso?

Como coordenadora de redes sociais do Sebrae Nacional de março a setembro de 2016, e sabendo do potencial dos dados em uma estratégia de comunicação, caso saibamos extrair inteligência das informações que o ambiente digital nos entrega, propus uma mudança. Indiquei o Instituto Brasileiro de Análise de Dados (IBPAD) para implementar um relatório de monitoramento com foco em inteligência de dados, que iria nortear as estratégias de conteúdo para as redes sociais. E assim foi feito.

Foi elaborado, então, um modelo que seguiu duas dimensões: estratégica e descritiva. O primeiro analisava os objetivos propostos para as mídias sociais e potencializava com dados do cotidiano. O segundo analisava o desempenho das linhas editoriais de conteúdo estabelecidas. Com isso, a ideia era posicionar a organização no ambiente digital, compreendendo a concorrência e os públicos de audiência, segmentando conteúdos e amplificando a comunicação.

Além de medir a relevância do conteúdo criado pela minha equipe na época, era possível entregar informações no momento adequado e nos canais que o público acessava. Mas para isso é necessário saber o que o internauta quer, como ele quer e quando ele quer. Por esta razão, o trabalho de monitoramento com foco inteligência em dados é extremamente estratégico, para que seja possível entender melhor o comportamento dos usuários nas redes sociais e produzir conteúdo direcionado para as suas necessidades.

O mercado precisa compreender que qualquer empresa hoje que queira se posicionar estrategicamente não tem como fugir dessa realidade.